Você estava lá em meu primeiro momento de vida. Quando me viu, teus olhos procuraram os seus traços em mim e, com um sorriso nos olhos, acolheu a sua própria criação. Você me impulsionou no mundo.
No meu primeiro banho, nos primeiros passos, aprendendo a andar de bicicleta, você me segurou firme. Me mostrou desde aquele tenro momento, o quanto suas mãos fortes estavam dispostas a sempre me proteger e amparar. Você me impulsionou à coragem.
Quando eu fui para a escolinha, você me deixou na porta e deu um pequeno empurrão em minhas costas, mostrando que eu sempre teria o teu impulso para ir além.
Na adolescência eu só conseguia ver os teus defeitos e aquilo em que eu não concordava. E você não se magoou com isso, continuou sendo quem você sempre foi e me ensinando o valor da sua hierarquia. Você me impulsionou para o respeito.
A vida me fez crescer tão depressa. As oportunidades para longe de ti foram aparecendo. Mas a tua torcida ainda que distante, e silenciosa, sempre esteve presente. Você me impulsionou para a vida mais uma vez.
Quando casei, você estava lá me levando ao altar, teus passos lado a lado. Teu braço amparando o meu tremor e minha emoção. E você me impulsionou para a construção de minha própria família.
Quando os teus netos vieram, quando a vida foi passada diante você, percebeu a finitude da vida. O corpo já não estava mais tão forte. E ainda assim você impulsionou as tuas bênçãos sobre mim e minha nova família.
Preenchidos de gratidão e tomando nossas vidas em nossas próprias mãos, hoje nós os filhos, os descendentes, reverenciamos nossos pais.
Agradecemos o impulso em todas as etapas de nossas vidas!
Obrigada, querido pai!
Carina Ceratti
Diretora e Naturóloga
INSTITUTO INANÍS Contemple sua essência